04 fevereiro 2016

Procuro-te. Vejo-te em cada recanto do meu dia-a-dia. Tu invades-me o pensamento a todo o instante, toda a minha memória está inundada de momentos passados a dois que foram e já não sei se alguma vez mais voltarão. És o meu passado e o meu presente, embora que distante. O que te levou a escolher um caminho oposto?

Não há segundo que passe que não me surja uma memória feliz. Só as felizes importam. E sem qualquer esforço um sorriso desbota-se nos meus lábios e sou como teletransportada para outra dimensão. Porque tu me fazes isto: sorrir à toa e esquecer-me das dores do presente. E mesmo sendo tu o responsável de muitas delas eu continuo a preferir-te, por mais anos que passem. Podem existir milhares de outras pessoas mas eu não escolheria nenhuma outra, nem que houvesse opção de escolha.

04 maio 2015

saí, fui aprender a ser feliz.


Chega, basta! Vou parar de viver para ti e passar a viver para mim.
Dei-te todas as oportunidades do Mundo para que pudesses ponderar o porquê de estares a fazer o que estás a fazer. Dei-te tudo o que tinha e o que não tinha em troco de nada, só o facto de poder ter-te a meu lado era-me o suficiente mas acabaste por prometer sem saber cumprir e eu cheguei ao ponto de rotura.

Sei que não sou de todo a pessoa mais fácil de amar mas sei também que o teu amor não era de verdade. Usaste-me como se eu tratasse de uma pastilha e chegamos ao ponto a que chegamos.
Não fico chateada nem com rancor de ti apenas triste, triste do que fomos e do que poderíamos vir a ser mas que não permitiste que tal acontecesse. Amei-te mais do que alguma vez me amaste. Ou melhor, eu amo-te. Mas isso agora é o que menos importa.

Mas chega a hora da mudança, não vou esperar a vida toda pelo teu regresso, vou procurar a minha felicidade e se tiver que ser ao lado de outro alguém, então que seja.
Não vai ser fácil, sei que não mas se me deste a oportunidade de fazer esquecer um amor antigo para me apaixonar por ti, então vou repetir a história e no futuro serás o meu novo 'amor antigo'.

Sê feliz, porque eu também serei!

24 abril 2015

confissões.


Estás-me a ouvir?
Há tantas palavras que quero te falar, imensas histórias que tenho por te contar. Eras o príncipe do meu conto de fadas, ao qual esperei toda a minha vida.
Levemente te deixei entrar e aqui ficaste, vincado em mim e com toda a magia que me transmitias. Contigo eu encontrei a paz de que necessitava e o porto de abrigo que me tornava forte nas minhas piores alturas.
Outrora tu te foste e me deixaste desamparada e a minha vida perdeu o seu rumo. Tive que aprender a lidar com a tua ausência e mesmo nunca a tendo aceitado bem eu fui vivendo, vivendo até ao teu regresso.. Aí senti-me novamente viva e com mais garra que nunca. Aí eu amei-te ainda mais do que nunca te havia amado, dei-te a mão quando tudo o resto parecia perdido e traçamos objetivos. 
A tua doce voz me enchia por completo ao ritmo que murmuravas ao meu ouvido. O tempo parava quando te dirigias até mim com esse teu sorriso que só tu sabes ter. Considerava-me a pessoa mais completa do mundo só pelo simples facto de te ter a meu lado.

Mas tu quiseste voltar a afastar-te e esquecer-te da minha existência. Deixaste-me na dúvida e na ânsia de querer saber o porquê.. Será que tu te lembras de mim da maneira que eu me lembro de ti? 24 sobre 24 horas por dia, 7 dias por semana?
Ponho-me a pensar em infinitas possibilidades que justifiquem a tua ausência e mesmo apesar da dor que me possa provocar eu vou-me confortando, adormecendo a dor que existe dentro de mim.

Foste a primeira e única pessoa que me fez sentir realmente desejada mas... será que foi sentido?

E se um dia todas as portas se fecharem e tudo parecer acabado podes bater à minha porta, que se abrirá sempre por ti. Sem rancor nem dor porque tudo o que tenho por ti é nada mais que amor.

10 abril 2015

de mim para ti.



Tu és a fonte da minha inspiração, sempre foste. Todas as cartas rasuradas, folhas arrancadas e amolgadas, foi tudo fruto da inspiração que me dás.
Desde das noites passadas em branco de tanto chorar até me faltar o ar, até àquelas viagens que eu te dizia sonhar, onde fugíamos de tudo e de todos, para que pudéssemos viver a nossa vida da maneira que sempre desejamos. 

E esta noite foi novamente a noite, em que me presenteaste com a tua visita no meu subconsciente e me fizeste recordar o porquê de te amar, por mais que isso signifique que tenha que me magoar para tal, porque ambos sabemos que somos de mundos completamente opostos. Mas os opostos atraem-se, verdade?

E eu nunca te pedi para seres como eu, ou toda a magia perderia o ar da sua graça. Mas também não quero de todo que sigamos o caminho que estamos a tomar, ou melhor, que tu estás a tomar. Porque por mais que te puxe tu acabas sempre por te afastar. E isso leva-me a uma outra completa direção.
Fico a ver-te ao de longe de coração nas mãos e sem ter maneira de te chegar.

E pergunto-me se ainda pensas em mim da mesma maneira que eu penso em ti, se aquilo que sentes é aquilo de dizias sentir... Se alguma vez sequer falavas a verdade. Porque eu preciso de respostas e tu não me estás a dar. Começo a duvidar de todo o passado e a prosperar um futuro sem ti. E eu não quero de todo estar longe de alguém como tu. E ainda assim com todos os teus defeitos não haveria uma única mudança que quisesse em ti. Porque foi desse jeito que te conheci.

Não quero ser apenas mais uma pessoa na tua lista de contactos, nome o qual passas sem parar enquanto procuras falar com alguém. Quero ser aquilo que já fomos, voltar ao passado. Voltar a ser o teu porto de abrigo quando tudo mais parecia perdido, ser aquela pessoa de confiança que tu dizias eu ser, porque te tinha dado a mão quando mais ninguém te olhava na cara, por ter sido tão presente apesar de toda a distância que nos separa. Porque amar é isso, estar lá para todas as ocasiões. Porque eu te amo. Mas tu, será que amas?

08 abril 2015

sede de não te ter.



No lugar mais profundo do meu coração há perguntas à espera de resposta. Sei que nunca as terei.

Tudo o que eu de melhor fiz na vida foi esforçar-me. Esforçar-me para te dar a satisfação plena, para que nunca precisasses de a procurar noutro lugar se não ao pé de mim. Mas parece que todo esse esforço não foi suficiente.
Sem que eu desse por isso, fugiste-me pelo meio dos dedos, do mesmo modo que a areia da praia desliza rumo ao chão.

Mas de qualquer modo, e apesar de toda a mágoa que isso me transmite, não é algo de que não tivesse já à espera. A tua especial maneira de sentir sem assumir já me havia colocado em alerta porém sempre me achei capaz de te conseguir fazer mudar. Porque eu era feliz. E eu achava que tu também.

Agora nada mais resta de que o constrangedor silêncio em nosso redor, as tuas palavras mudas ecoam sobre a minha mente, procurando por um significado mais sensato, mais tranquilizador para mim. E assim vou passando os dias.. Ficando à tua espera sem ter que te esperar, lembrar-me do que fomos e do prometemos ainda mais ser. Aquilo que juraste e que nunca cumpriste. Vou esperar que regresses para me voltares a dar sentido.