Tu és a fonte da minha inspiração, sempre foste. Todas as cartas rasuradas, folhas arrancadas e amolgadas, foi tudo fruto da inspiração que me dás.
Desde das noites passadas em branco de tanto chorar até me faltar o ar, até àquelas viagens que eu te dizia sonhar, onde fugíamos de tudo e de todos, para que pudéssemos viver a nossa vida da maneira que sempre desejamos.
E esta noite foi novamente a noite, em que me presenteaste com a tua visita no meu subconsciente e me fizeste recordar o porquê de te amar, por mais que isso signifique que tenha que me magoar para tal, porque ambos sabemos que somos de mundos completamente opostos. Mas os opostos atraem-se, verdade?
E eu nunca te pedi para seres como eu, ou toda a magia perderia o ar da sua graça. Mas também não quero de todo que sigamos o caminho que estamos a tomar, ou melhor, que tu estás a tomar. Porque por mais que te puxe tu acabas sempre por te afastar. E isso leva-me a uma outra completa direção.
Fico a ver-te ao de longe de coração nas mãos e sem ter maneira de te chegar.
E pergunto-me se ainda pensas em mim da mesma maneira que eu penso em ti, se aquilo que sentes é aquilo de dizias sentir... Se alguma vez sequer falavas a verdade. Porque eu preciso de respostas e tu não me estás a dar. Começo a duvidar de todo o passado e a prosperar um futuro sem ti. E eu não quero de todo estar longe de alguém como tu. E ainda assim com todos os teus defeitos não haveria uma única mudança que quisesse em ti. Porque foi desse jeito que te conheci.
Não quero ser apenas mais uma pessoa na tua lista de contactos, nome o qual passas sem parar enquanto procuras falar com alguém. Quero ser aquilo que já fomos, voltar ao passado. Voltar a ser o teu porto de abrigo quando tudo mais parecia perdido, ser aquela pessoa de confiança que tu dizias eu ser, porque te tinha dado a mão quando mais ninguém te olhava na cara, por ter sido tão presente apesar de toda a distância que nos separa. Porque amar é isso, estar lá para todas as ocasiões. Porque eu te amo. Mas tu, será que amas?